Pirataria e o caso Megaupload

Considero o finado Megaupload e similares iguais a um camelô que vende DVD pirata no centro da cidade. Ambos representam a mesma filosofia, copiam obras sob leis de copyright e faturam sem pagar royalties.

Isso é pirataria ☠, Don Vito Corleone disse uma vez:

Não me importa como um homem ganha sua vida, desde que não atrapalhe meus negócios.

Logo depois ele levou tiros e foi parar no hospital, mensagem de vida para demonstrar que mesmo no crime existe ética e posicionamento. Quando você relega a defesa de seus princípios essa omissão retorna contra você.

Eu não vou exaltar o que o grupo #anonymous fez, estão defendendo quem não merece e isso ajuda a atrapalhar o entendimento já confuso sobre a diferença entre pirataria e compartilhamento.

Sobre o que penso sobre compartilhamento está resumido numa entrevista que dei para o Uol em 2007. Tem quase tudo lá.

Pirataria vs Compartilhamento

Eu como anarco, considero o compartilhamento justo e salutar, ninguém tem dinheiro ou disposição suficiente de comprar todas as obras que existem sejam de que campo de conhecimento for, isso é até impossível. O problema com o digital é a tênue fronteira entre  “emprestar” a cópia que comprei legalmente com um amigo e espalhar uma obra fazendo que ninguém precise comprar.

Corrijo-me, o problema não é com o digital, é com a distribuição. Vejamos:

Na época da fita cassete a indústria até mantinha incentivos para que as pessoas compartilhassem suas cópias, o mesmo aconteceu com o cd facilitando a cópias e barateando o custo de copiar, ainda assim isso não ameaçou os negócios. Era muito trabalhoso, voce fazia cópias e teria que se encontrar com o amigo para entregar, o boca-a-boca necessário para ajudar no marketing era lento. Nosso P2P da época.

Com a internet a distribuição ficou gratuita, não temos mais necessidade de encontro físico, Era do napster e depois kazaa. Aí a indústria começou a amargar diminuição de vendas.

Depois surgiram tecnologias que facilitariam o P2P como o torrent, utopia anarquista.

Atravessadores?

Hoje eu considero as empresas tradicionais da indústria do entretenimento como atravessadores modernos, talvez caixeiros-viajantes. O problema que acontece em qualquer Era é substituir um modelo já estabelecido com ruptura brusca sem uma alternativa viável para os antigos donos do dinheiro. A mesma internet que facilita novos modelos de  negócios destrói os antigos como as carroças que desapareceram ou profissões como acendedor de lampião do século 19.

Qual a solução? Até lá muitos processos acontecerão, mas defender estruturas atravessadoras como o Megaupload não é a solução.

tl;dr

Eu defendo compartilhamento e que se criem leis para  legislar os limites do que seja compartilhar, não defendo pirataria, que se prenda aqueles que desobedecem as leis. Sou anarco, não anomista.

https://twitter.com/#!/cmilfont/status/162167850633662464

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5 thoughts on “Pirataria e o caso Megaupload

  1. João Paulo

    Excelente texto, concordo que é impossível comprar todas as obras de que precisamos ainda mais na área de informática que um livro custa em média R$ 100,00 por mais simples que seja.

  2. Fernando

    Infelismente no Brasil, juridicamente falando…manipular arquivos digitais não é o mesmo que manipular o conteúdo dos arquivos. Há um misticismo em torno este tema, causando insegurança jurídica e ampliando irregularmente o escopo da lei. Ou seja, se não ha lei, não existe crime.

  3. anônimo

    Não compraria 1% do que baixo na net. As contas de perda da indústria, são baseados em números totalmente surreais. A internet socializou tudo, e isso é visto como algo errado pelos, por assim dizer, velhos.

  4. J. F. SOUSA

    Babaquice a sua. Esses caras ganham milhões e milhões à custa de todos nós. Tanto os donos dos programas como os donos dos grandes estúdios de hollywood. Todos ganham muito mais do que deveriam. Isso sim, é injusto! Faturam barbaridade e você vem com essa idiotice???!!! Só mesmo babacas da sua qualidade para pensar diferente.

  5. cmilfont Post author

    #J. F. SOUSA

    Como assim ganham milhões sobre todos nós? Em cima de mim que não é.
    Voce misturou donos de programas e donos de grandes estúdios.

    Vamos lá, peguemos um album musical para facilitar:
    Existem os “donos do estúdio”, geralmente são S.A. e tanto eu quanto você podemos ser donos, além dos sócios com ações com direito a voto, etc.
    Existem os músicos, produtores, instrumentistas contratados, pessoal de estúdio, etc.
    Todos ganham? Ganham o merecido? Quem define o que é merecido ou não?

    Porque eles deveriam trabalhar de graça para distribuir os albuns? Voce trabalha de graça?

    A discussão é bem mais complexa do que chamar o outro de babaca quando não tem um argumento sólido.
    Eu poderia simplesmente excluir seu comentário, já que o Blog é meu e não tenho obrigação nenhuma de aceitar insulto de um desconhecido.
    Mas vou deixar seu comentário apenas para exemplificar como pessoas com sua mentalidade são prejudiciais e minam qualquer discussão séria sobre o assunto.

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